quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Aprender com consciência e amor.

Nossos corações sabem o caminho para a felicidade e a paz interior. Práticas espirituais como a meditação e a oração existem para nos lembrar o que somos agora. Nossas cabeças insistem em esquecer, mas nossos corações vivem nos lembrando. Quando nos esquecemos da mensagem de nossos corações e nos deixamos envolver completamente pelas armadilhas de um sistema puramente materialista, nos sentimos insatisfeitos e infelizes. Ficamos deprimidos e ansiosos. Distorcemos e esquecemos da nossa perspectiva maior, perdemos o caminho.

O remédio é simples. Lembre-se de seu coração. Lembre-se de sua dimensão divina, da sua natureza espiritual. Lembre-se da razão pela qual está aqui. Então recuperará o foco, a tristeza e a ansiedade começarão a desaparecer e a vida será significativa de novo. Tudo o que você precisa fazer é lembrar.

É preciso estar atento para os sinais. Raramente paramos para ouvir e desenvolver a capacidade de escutar pode levar tempo. Precisamos ser pacientes e especialmente cuidadosos para ouvir as mensagens das “coincidências”. Quando você praticar o silêncio, voltar-se para dentro, passa um tempo criando o espaço para escutar, então irá ouvir. Irá ver os sinais e receberá as mensagens e ao mesmo tempo estará desenvolvendo a arte da paciência.

O que me é revelado é o que é importante para mim, o que me diz respeito. Cada pessoa precisa preocupar-se consigo mesma em fazer algo inteiro. Temos lições a aprender cada um de nós. Elas devem ser aprendidas uma de cada vez em sua ordem. Só então poderemos tomar conhecimento do que o outro necessita, do que lhe falta ou do que nos falta, para constituímos um todo.

“Eles me dizem que existem muitos deuses, pois Deus está em cada um de nós. Existe apenas uma religião e esta religião é o amor. Também devemos nos lembrar que o Ser transcendental é a única causa, o pai e o criador do universo. Que Ele apenas preenche todas asa coisas não apenas com Seus pensamentos, mas com Sua essência. A essência Dele não é desperdiçada no universo. Ele está acima e além. Podemos dizer apenas que os Seus poderes estão no universo, mas ainda que Ele esteja acima de Seus poderes, Ele os inclui. O que fazem, Ele faz através deles. Agora estão visíveis, trabalhando no mundo. Da atividade deles recebemos um indício da natureza de Deus.”

“Você anseia pela ilusão da segurança, em vez de buscar a segurança da sabedoria e do amor.”
(Foto ilustrativa -Texto pinçado do Livro: A Divina Sabedoria dos Mestres – Brian Weiss)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Parentes Corporais e Espirituais


Os laços de sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.

Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que ai lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.

Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo poderia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV , nº 13.)

Há, pois, duas espécies de famílias: As famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através de várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo aos seus discípulos: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”

Texto: Evangelho segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Foto ilustrativa do Blog