sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Equilíbrio, tecnologia e ciência



Durante os últimos duzentos anos enfatizou-se demais o papel da lógica e da ciência nos relacionamentos humanos, na cultura, saúde e filosofia. Desenvolveu-se a noção de que a ciência seria capaz de curar todos os males e problemas.

Na realidade ficamos desequilibrados por causa dessa noção. Negligenciamos a sabedoria intuitiva, o coração, o impulso criativo ou inspirado. Glorificamos a tecnologia, mas nossa ética e nosso crescimento espiritual não caminharam no mesmo ritmo.


Agora nos encontramos numa posição em que a tecnologia avançou o suficiente para destruir o planeta, e pessoas que não são sábias ou iluminadas têm o poder de apertar o botão e decidir o destino da humanidade.

A tecnologia e a ciência são neutras. É o que as pessoas fazem com elas, como são aplicadas e as circunstâncias em que são usadas que determinam seu valor. Aprendemos que a ciência não pode curar todos os males da humanidade. Apenas líderes sábios, amorosos, compassivos e responsáveis são capazes de atingir esse objetivo.


Portanto, o pêndulo deve balançar de volta ao ponto intermediário, o local de harmonia e equilíbrio. De volta à posição onde a ciência e a intuição estão perfeitamente equilibradas, onde mente e coração são um só, trabalhando para nos trazer paz e saúde.


Por isso é importante saber como funciona a intuição. Repita sempre: Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, mas seres espirituais tendo uma experiência humana aqui na terra.

Tudo deve estar equilibrado, a natureza é equilibrada, os animais selvagens vivem em harmonia, os seres humanos não aprenderam a fazer isso, continuam a se destruir. Não existe harmonia, nenhum plano para o que fazem. É tão diferente da natureza, essa é equilibrada, é energia, é vida, restauração. E os humanos apenas a destroem, destroem outros seres humanos, acabarão por se destruir.


Textos pinçados do livro “A Divina Sabedoria dos Mestres – Brian Weiss”
Foto ilustrativa

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Medicina reconhece a obsessão espiritual


Ciência Médica se aproximando e corroborando a Ciência EspiritualUma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP: A Obsessão Espiritual como doença da Alma, já é reconhecida pela Medicina.


Em artigos anteriores, escrevi que a Obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.


No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em suatotalidade: mente corpo e espírito.


Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual. Desta forma, a Obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID -O Código Internacional deDoenças- que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora. O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que sãopatológicos, provocados por doença.


Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação éum sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos -nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura- bem como na interferência deum ser desencarnado das trevas, a Obsessão espiritual.


Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos depessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.


Na Faculdade de Medicina da USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade. Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.


Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados peloresto de suas vidas.


Em minha prática clínica, a grande maioria de meus pacientes, que são rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência),na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser integral.


Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.


Texto de Osvaldo Shimoda - Fonte: http://somostodosum.ig.com.br
Foto Blog

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Reflexões


O carro deslizava celeremente sobre o asfalto da estrada que conduzia à fazenda. Amanhecia e os primeiros raios douravam os campos e as árvores que corriam ante a janela do veículo... Gosto de refletir, de pensar na vida enquanto viajo...


Nesta última viagem, quedei-me em recordações e pensamentos distanciando-me da realidade... O pensamento leva-me a lugares distantes, quando deparei comigo mesma estava preparando uma estranha bagagem... Era uma pequena valise e eu procurava acomodar meus pertences com extremo cuidado. Pensava “Não terei que levar muita coisa essa mala pequena vai dar”.


Sabia que deveria colocar no fundo da mala os objetos que seriam usados por último e assim comecei a relacionar o que eu deveria levar: primeiramente coloquei no fundo as recordações de minha existência, das pessoas, dos lugares que influenciaram a minha vida... uma certa nostalgia envolveu-me, enquanto as colocava carinhosamente, preenchendo bem os espaços em que as comprimia suavemente.


Depois coloquei meus gestos espontâneos de bondade, de perdão, de generosidade... Mas, quase não ocupavam lugar... Eram tão leves e tão pequenos! A seguir fui colocando em caixas catalogadas, o conhecimento, as coisas que aprendi, os valores intelectuais que me ajudaram a compreender a vida, as lições valiosas da doutrina espírita, tesouro que norteou meus passos...

Depois fui colocando os sentimentos, as virtudes já conquistadas e notei que eles preenchiam os espaços vazios entre os outros objetos colocados... Eram poucos, mas procurei colocá-los em ordem.


Observei que a bagagem estava quase completa e comecei a pensar no que poderia estar faltando, quando me lembrei da gratidão... Ah! a gratidão, esse sentimento nobre, mas tão esquecido!...Como eu não me lembrava dela? Censurei-me. Era tão frágil e rara que a acondicionei em pequena caixa de veludo, macia e perfumada, que eu ganhara de uma inesquecível amiga...

“Pronto. Parece que a bagagem está completa”, pensei.
Raciocinei comigo mesma: “ Esses valores eu podereis levar nesta pequena valise que me acompanhará até meu destino final. Serão úteis e agradáveis. Mas como levarei os valores negativos? Pesam tanto e são tão difíceis de serem carregados... Aliás, não gosto nem de mencioná-los. Mas fazem parte da minha vida e, certamente, deverão acompanhar-me também. Entretanto, por serem mais pesados poderão ser enviados separadamente e chegarão primeiro.
Já estão devidamente catalogados pela Contabilidade Divina e terei, forçosamente, que responder por eles...”. Esse pensamento me inquietava um pouco... De repente, voltei à realidade.


A viagem na vida real terminara.
O carro parou. Desço, ainda, sob forte impressão de que eu deveria acertar melhor meu preparativos desta “viagem” para outra dimensão da vida, principalmente, cuidar melhor da bagagem que a mala grande levaria, cujo peso seria insuportável e o constrangimento maior ainda, dependendo de meu esforço aliviá-los enquanto é tempo...


Você já se deu conta de que somos responsáveis pelos atos e pela nossa acolhida no mundo espiritual?
Já está preparando sua bagagem?
Tenho pensado muito nas coisas que poderei levar e lutado bastante para modificar o peso da mala grande, porque sei que valerá a pena todo o empenho e todo o sacrifício para diminuir seu conteúdo negativo.

Joanna de Angelis nos ensina que:

Durante a existência orgânica o Espírito avança a cada momento para... desenlace material, por cujo meio desenvolve todas as aptidões que lhe estão em latência.
É compreensível e necessário que o ser inteligente reserve tempo para a reflexão em torno desse fatalismo inexorável. Postergar a meditação a seu respeito, por medo ou ilusão materialista, oculta imaturidade psicológica que o tempo descaracterizará.

A doutrina Espírita nos ensina a compreender melhor os valores da existência e na busca do aprimoramento moral, passamos a viver mais intensamente todos os instantes, a aproveitar todas as oportunidades de crescimento espiritual.
Refletindo em torno da morte, nesta viagem que todos empreenderemos um dia, devemos evitar o desconforto que o medo e a incerteza propiciam... O principal é seguir vivendo o melhor possível a cada dia, na certeza de que a vida prossegue vibrando na outra dimensão existencial.

E a Benfeitora espiritual Joanna ensina:

Pensando-se na morte, ao invés de supô-la como devastação e sombra, deve-se considerá-la como harmonia e luz, que são as naturais conseqüências da luta evolutiva.
A vitória sobre a morte é inevitável, tendo-se em vista a próprio
fluxo da vida!

Texto do Livro - Recados de Amor- Luci Dias Ramos
(Foto ilustrativa)