Interpelada por Jesus para que se
identificasse, a entidade responsável por um grave processo obsessivo
respondeu: “Meu nome é Legião, pois somos muitos” (Marcos 5:9). Desde então, o
Evangelho relata inúmeros acontecimentos nos quais os representantes das trevas
são confrontados com a política divina, expressa por Jesus em seus ensinos.
Sombra e luz,
escuridão e claridade. Essa realidade dupla forma o interior do ser humano, que
tenta negar-se a cada dia, enganando-se. A maioria das pessoas quer ser apenas
luz. Recusam-se a identificar a sombra que faz parte delas. Religiosos de um
modo geral falam de um lado sombrio, diabólico, umbralino, como se esse lado escuro
fosse algo externo, ruim, execrável. Até quando negar a realidade íntima? Até
quando adiar o conhecimento do mundo interno?