
Tais
pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios
médicos em busca de diagnósticos impossíveis para a medicina terrena. São
obsessores de si mesmos, vivendo um passado do qual não conseguem fugir e,
portanto, comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males,
para os quais não existem medicamentos eficazes.
Esses
são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de “moléstias
fantasmas”. Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em excesso com a própria
saúde (ou descuidando-se dela) descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências
mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais
chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o
orgulho, o despotismo e transformando-se em doentes imaginários, vítimas de si próprios,
atormentados por si mesmos; esse estado mental abre campo para os desencarnados
menos felizes, que deles se aproveitam para se aproximarem, instalando-se, aí
sim, o desequilíbrio por obsessão.
Texto
: Manoel Philomeno de Miranda
Foto
Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário